As Demências comportam várias alterações cognitivas, motoras, comportamentais, em função do tipo de Demência a da sua progressão no tempo.
As nossas intervenções holísticas com pessoas com Demência centram-se na manutenção da qualidade de vida da pessoa e da sua família / cuidadores.
As alterações cognitivas como a perda de memória, diminuição da atenção, bem como alterações alterações comportamentais são uma parte determinante na identificação das Demências. As sessões de estimulação cognitiva visam estimular e manter as capacidades cognitivas durante o máximo de tempo possível. Paralelamente, esta área de intervenção pretende identificar, abordar e aliviar a sintomatologia depressiva e ansiosa que surge com frequência, bem como ajudar a família a lidar com alterações cognitivas e comportamentais.
As Demências constituem uma patologia predominantemente cognitiva, mas também está associada a dificuldades motoras. Estas alterações surgem pelo processo de atrofia das áreas cerebrais responsáveis pelo planeamento motor. Surgem alterações como alterações do padrão de marcha, diminuição do equilíbrio, diminuição da mobilidade, que muitas vezes, implicam quedas.
A fisioterapia é a principal área responsável por intervir nestas alterações, sendo o seu principal objectivo manter a máxima funcionalidade e independência, de forma a facilitar as actividades de vida diária e evitar quedas associadas a alterações motoras que possam surgir com a evolução da Demência e com o avançar da idade.
A terapia da fala surge como uma opção terapêutica na medida em que podem existir alterações ao nível da da deglutição, os engasgos podem ser frequentes com a evolução da patologia, sendo importante garantir a segurança (através da adaptação da dieta, da utilização de manobras posturais e do ensino de outras estratégias). Podem ainda surgir dificuldades na produção da voz, da articulação verbal, da motricidade orofacial (pode observar-se, tremor, rigidez e diminuição da força muscular).
O papel do Terapeuta Ocupacional está principalmente relacionado com a informação prestada à pessoa e ao cuidador, com a adaptação do ambiente, por forma a garantir a segurança, e com a manutenção das Actividades Básicas e Instrumentais da Vida Diária (como por exemplo, o banho, a utilização do telefone ou a gestão da correspondência).
À medida que a doença progride, o papel do Terapeuta Ocupacional passa a estar cada vez mais relacionado com a garantia do bem-estar e qualidade de vida da pessoa e dos cuidadores. Desta forma, existe uma maior incidência na intervenção a nível sensorial, com repetição de actividades prazerosas que aumentem o sentido de familiaridade da pessoa e no treino de técnicas que facilitem o cuidado.