É do conhecimento comum que a reabilitação de doentes com Parkinson deverá ser personalizada, indo ao encontro das necessidades do utente e de acordo com o estadio da doença, envolvendo os familiares/cuidadores e desenvolvida por uma equipa multi e interdisciplinar.
A Terapia da Fala atua na funcionalidade comunicativa, que fica comprometida como consequência dos alterações que surgem na Doença de Parkinson. O Terapeuta da Fala intervém principalmente nas alterações vocais, da articulação verbal e da deglutição.
Alterações mais comuns na fala:
- Falar mais baixo do que era habitual;
- Muito esforço na produção da fala;
- Cansaço a falar, tendo que por vezes fazer pausas no discurso;
- Falar muito devagar;
- Fala muito rápido;
- “Comer” bocados de palavras;
E ainda…
Uma perda da entoação melódica, fala monótona e com intensidade baixa e uma produção de palavras variável.
Diminuição na mobilidade dos músculos da face e como consequência surgem as alterações na mímica facial, interferindo na comunicação (ex. na demonstração de emoções faciais) e na articulação verbal (ex. fala arrastada e lentificada).
Alterações mais comuns na deglutição:
- Aumento da saliva;
- Dificuldade em engolir;
- Tosse quando ingere líquidos;
- Tosse quando come sólidos;
- Acumulação de alimentos na boca;
- Sensação de corpo estranho na garganta;
As alterações consequentes da disfagia podem conduzir à desidratação, desnutrição, perda de prazer alimentar, infeções respiratórias e isolamento social durante a alimentação, que influenciam diretamente a qualidade de vida
Nota: Estas alterações da deglutição podem estar presentes em fases mais avançadas da doença.
Estratégias
Fazer pausas durante o discurso para não “perder” a voz;
Dependendo da alteração, aumentar ou diminuir o ritmo de fala;
Voz forte;
Manter-se hidratado.