O que são produtos de apoio?
Produtos de apoio são “qualquer produto (incluindo dispositivos, equipamento, instrumentos, tecnologia e software) especialmente produzido ou geralmente disponível, para prevenir, compensar, monitorizar, aliviar ou neutralizar as incapacidades, limitações das actividades e restrições na participação”.
Fonte: Classificação ISO9999:2007
O que são produtos de apoio à Comunicação?
São todas os recursos que podem ajudar a pessoa a comunicar, com os outros, de uma forma mais eficaz.
Para quem podem ser importantes?
Para muitas pessoas com lesão cerebral (por exemplo, AVC) ou doenças neurodegenerativas, como é o caso da Demência, que podem apresentar alterações graves na capacidade em falar com os que o rodeiam.
Em muitos casos, existem estratégias e ajudas técnicas que podem ajudar a tornar a comunicação mais fácil. A sua escolha depende das dificuldades e capacidades da pessoa e, por isso, são sempre ajustadas a cada caso.
Habitualmente, a avaliação inicial é efectuada por um terapeuta da fala e pode integrar também a informação da equipa alargada, nomeadamente, da terapia ocupacional e da fisioterapia.
A escolha do produto de apoio à comunicação vai sempre depender das capacidades, dificuldades , contexto social e motivação de cada pessoa e pode variar ao longo do tempo. O produto de apoio deve ser capaz de acompanhar a evolução das condições do utilizador.
Os produtos de apoio à comunicação mais simples são constituídos por um suporte físico onde são colocados símbolos ou imagens que a pessoa escolhe directamente ou ajuda do seu interlocutor.
Adicionalmente, existe um crescimento exponencial dos programas ou aplicações digitais que permitem transformar texto em fala (a chamada fala sintetizada), utilizar fotografias, símbolos ou outros recursos adaptados às necessidades de comunicação de cada pessoa.
Paralelamente, têm sido criados diversos produtos de apoio para a comunicação em contexto hospitalar, de que são exemplo, os quadros de comunicação específicos e escalas de dor adaptadas.
Nunca é demais recordar que, o familiar/cuidador, deve dar tempo à pessoa para responder, uma vez que a comunicação com estes recursos é mais lenta.
O mais importante é mesmo nunca desistir!
Revisão Clínica: Inês Tello Rodrigues