Os comportamentos de recusa são um problema comum nesta população e que poderão surgir face a qualquer pedido, seja ele qual for. Estes comportamentos têm, nos familiares/cuidadores, um grande impacto, por muitas vezes estar associado a factores importantes e imprescindíveis no dia-a-dia da pessoa, como por exemplo a toma da medicação ou comer.
Por isso, aqui ficam algumas dicas que pretendem auxiliar a lidar com este comportamento:
– Tente perceber o seu porquê: a primeira coisa a fazer, é tentar perceber o porquê da recusa da pessoa. Por vezes, pode acontecer simplesmente porque a pessoa não compreende o que lhe estão a pedir ou a fazer;
– Evite forçar: é fundamental evitar este tipo de atitude, que levará a uma maior recusa por parte da pessoa. Poderá optar por voltar a perguntar ou a pedir um pouco mais tarde;
– Explique à pessoa de forma clara e simples: para que a pessoa possa compreender o que lhe está a pedir ou o que irá fazer. A comunicação não-verbal (gestos) poderá ser útil, no caso de a pessoa ter uma alteração da compreensão;
– Procure estar num ambiente tranquilo e que lhe seja familiar: evite ambientes com ruídos ou distrações que poderão comprometer a concentração e evitar os comportamentos de recusa;
– Mantenha uma postura calma e serena: que ajudará a que a pessoa não se sinta pressionada, frustrada ou irritada. Lembre-se de respirar fundo e manter-se tranquilo;
– Seja flexível: é importante respeitar a pessoa e perceber que este comportamento se deve à patologia e às alterações consequentes da mesma;
– Dê tempo: é importante dar-lhe tempo suficiente para processar o que lhe está a ser pedido e para realizar a tarefa. Não dê importância aos erros e tranquilize-a caso não consiga. Lembre-se de dar sempre um feedback positivo durante a realização de qualquer tarefa.
Estas são apenas algumas dicas para lidar com os comportamentos de recusa. No entanto, as mesmas poderão não funcionar com todos os casos, sendo por isso importante procurar o auxílio de profissionais da área que irão ao encontro destas necessidades.
Revisão Clínica: Mariana Mateus