Centro de Diagnóstico e Terapias: Alzheimer e Outras Patologias

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Sinais e manifestações cardinais na Doença de Parkinson

Sinais e manifestações cardinais na Doença de Parkinson

A doença Parkinson (DP) é uma doença crónica e progressiva do sistema nervoso central, que faz parte do grupo das doenças do movimento. A DP constitui a segunda doença neurodegenerativa mais comum, depois da Doença de Alzheimer.

A causa é ainda desconhecida, mas sabe-se que existe uma diminuição dos neurónios dopaminérgicos, numa região específica do cérebro, na substância nigra. Em condições normais, estas células produzem dopamina, um neurotransmissor que ajuda a transmitir mensagens entre as diversas áreas do cérebro que controlam o movimento corporal.

O diagnóstico é estabelecido segundo critérios clínicos: a presença de bradicinesia e um ou mais dos restantes sintomas motores mais comuns da doença (sinais cardinais), sendo que a sua manifestação se dá de forma diferente em cada doente. Por exemplo, o tremor é muitas vezes o primeiro sintoma, mas em alguns casos este poderá não estar presente. Não existe actualmente nenhum exame radiológico ou análise laboratorial que diagnostique a 100% a DP, sendo que a doença só poderá ser diagnosticada com 100% de certeza com a realização de um exame post mortem do cérebro.

Esta doença apresenta como sinais a manifestações cardinais:

Bradicinésia: caracteriza-se pela lentidão na realização dos movimentos voluntários, mas também é descrita como uma diminuição global da iniciativa de movimento;

Tremor de repouso: tal como o nome indica surge quando o membro está e repouso e desaparece quando a pessoa executa movimentos activos. Na maioria dos casos surge como primeiro sintoma, estando presente em aproximadamente 70% dos casos no momento do diagnóstico;

Rigidez muscular: caracteriza-se pela presença de uma resistência crescente em toda a amplitude passiva de um membro e pode surgir em qualquer músculo dos membros ou tronco, sendo mais comum na região da cervical, ombro e pernas;

Instabilidade postural: que inclui a diminuição do equilíbrio e coordenação, normalmente surge em fases mais avançadas da doença, sendo a principal causa do surgimento de quedas.

Para além destes sinais descritos existem outros sintomas que poderão estar presentes, como por exemplo alterações cognitivas e comportamentais ou alterações do sono.

A presença destes sinais tem um impacto significativo na qualidade de vida destes doentes, sendo assim fundamental que estes e as suas famílias sejam devidamente acompanhados por profissionais de saúde especializados, de modo a que os ajudem a lidar com as implicações no seu dia-a-dia.

Revisão Clínica: Mariana Mateus