O tratamento farmacológico constitui uma das abordagens no tratamento das demências, pelo que a toma de medicamentos faz parte da rotina diária destas pessoas e, por este motivo, é importante cumprir a sua prescrição. No entanto, com a progressão da demência poderão surgir atitudes de recusa em tomar os medicamentos.
Face a esta situação é importante que os cuidadores/familiares conheçam algumas dicas que poderão auxiliar:
– Informe o seu médico da situação: para que este possa rever a consistência (cápsula/comprimido, solução oral/xarope, penso transdérmico) da medicação prescrita, bem como simplificar e reorganizar o horário das tomas de forma mais adaptada ao ritmo da pessoa/cuidadores/familiares caso seja possível;
– Procure dar comandos verbais simples e de fácil compreensão: durante a explicação poderá demonstrar a toma, de modo a que a pessoa possa fazer por imitação ou distrai-la conversando sobre um assunto do seu interesse e gosto;
– Procure dar a medicação num ambiente calmo e familiar: evite ambientes com ruídos ou distrações que poderão comprometer a concentração e adesão da pessoa;
– É importante que a pessoa que dê a medicação seja familiar: procure demonstrar uma atitude calma e serena face à situação, a fim de facilitar a adesão;
– Lembre-se de não forçar: caso a pessoa recuse tente novamente mais tarde, um pequeno atraso na toma, não irá influenciar a eficácia do medicamento;
– Poderá esmagar os medicamentos e misturá-los na comida, no entanto deverá em primeiro lugar consultar o seu médico, para verificar se o medicamento não perderá a sua eficácia.
Estas são apenas algumas dicas que poderão ser úteis, no entanto estas devem sempre ser abordadas em primeiro lugar com os profissionais de saúde que estão a seguir a pessoa antes de as adoptar.
Texto de Mariana Mateus com Revisão Clínica de Drª Rita Moiron Simões