A dor constitui um problema comum na demência, estando provado que cerca de 50% das pessoas com demência têm experiências regulares de dor.
Sinais de alerta:
Ao contrário do que se pensa, as pessoas com demência não sentem menos dor, mas têm sim uma maior dificuldade em reconhecer e comunicar a dor, sendo por isso importante estar atento aos comportamentos sugestivos de dor.
Os três principais sinais de presença de dor são:
- Expressão facial (exemplos: testa franzida, tristeza, “caretas”);
- Linguagem corporal (exemplos: rigidez, agitação, irritabilidade, alteração da marcha, proteção de uma zona específica do corpo);
- Vocalizações negativas (exemplos: choro, ruídos, agressão verbal, gemidos).
Dor e Gravidade da demência:
Quanto à progressão da demência, esta não significa que haja maior probabilidade de surgir dor, mas sim uma maior dificuldade em transmitir e percepcionar a dor, levando a uma menor probabilidade de receber o tratamento adequado.
Dor e Tipos de Demência
Diversos estudos demostraram que as pessoas com demência têm um aumento da percepção emocional da dor em relação às pessoas sem défices cognitivos, sendo esta percepção aumentada da dor, mais comum na demência vascular.
Já na demência fronto-temporal e na doença de Alzheimer existe um aumento da tolerância à dor, devido às áreas cerebrais afectadas.
Dor e Implicações no dia-a-dia
A presença de dor tem um impacto elevado na qualidade de vida das pessoas, ocorrendo uma diminuição da socialização, um agravamento do padrão de sono e do apetite, um aumento da agitação, bem como dos sintomas depressivos, levando consequentemente a uma sobrecarga dos cuidadores.
Dor e Tratamento
Tratamento Farmacológico: contacte um médico para que este possa ajudar na prescrição de medicamentos, que proporcionarão a diminuição da dor e o bem-estar.
Tratamento Não-Farmacológico: a fisioterapia constitui uma das abordagens que tem efeitos benéficos e eficazes no tratamento da dor.
Revisão Clínica: Mariana Mateus