É indiscutível o papel da família no acompanhamento de pessoas com Alzheimer ou outras patologias neurológicas. O papel do cuidador familiar pode passar por:
- Prestar apoio na realização das tarefas diárias (ex: supervisionar a toma da medicação, ajudar na gestão das finanças e nas compras);
- Estar atento a mudanças comportamentais/cognitivas/físicas significativas de modo a reportá-las ao médico;
- Estruturar a rotina diária da pessoa com demência e normalizá-la, na medida do possível;
- Dar apoio emocional (promover interacções sociais e momentos de alegria, validar atitudes ou percepções).
O nível de apoio necessário tende a aumentar à medida que a demência progride. Numa fase mais avançada será necessária uma supervisão constante. É normal os cuidadores familiares procurarem ajuda profissional, especialmente quando o esforço físico e emocional se tornam demasiado exigentes.
É de referir que as necessidades da pessoa com demência e a sua evolução ao longo do tempo dependem de uma multiplicidade de factores, nomeadamente de:
- O perfil clínico (tipo de demência, gravidade das alterações cognitivas, comportamentais e emocionais);
- A presença de outras condições médicas;
- Os seus hábitos;
- A sua personalidade;
- A natureza da sua rede social (relações interpessoais significantes).