Centro de Diagnóstico e Terapias: Alzheimer e Outras Patologias

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Acidente Vascular Cerebral

No caso do Acidente Vascular Cerebral (AVC) a intervenção deve ser individualizada, dependendo de vários factores, como o tipo de AVC, o local e extensão da lesão, bem como das características individuais da pessoa.

A intervenção deve iniciar-se o mais precocemente possível, é muitas vezes intensiva e de longa duração. Acreditamos que o trabalho holístico das várias funções comprometidas contribui para a promoção da melhoria na qualidade de vida da pessoa e da sua família.

  • Fiosioterapia


A fisioterapia tem um importante papel no processo de reabilitação pós-AVC, tendo um especial enfoque na reabilitação das alterações motoras, incluindo a reeducação do equilíbrio, da marcha, promoção da mobilidade, treino de actividades funcionais (ex: mobilidade na cama), com o objectivo global de promover a funcionalidade, a independência e a melhoria da qualidade de vida. Esta área tem também um papel importante no apoio dos familiares/cuidadores, através do ensino de estratégias facilitadoras para a realização das actividades de vida diária, adaptações no domicílio, prevenção de complicações decorrentes da diminuição de mobilidade e na prevenção e redução do risco de quedas.

  • Terapia Ocupacional


A intervenção da terapia ocupacional é muito importante, uma vez que tem uma abordagem que irá integrar os desafios cognitivos, físicos e emocionais que a pessoa enfrenta, as exigências das actividades do dia-a-dia e o ambiente em que elas decorrem. O terapeuta ocupacional poderá intervir com o treino das actividades de vida diária (alimentação, higiene pessoal, vestir/despir, cozinhar, gestão de finanças, entre outros), no aconselhamento e treino de produtos de apoio que facilitem o desempenho da pessoa, na reintegração na comunidade, na adaptação do ambiente, na graduação das exigências das actividades e no aconselhamento e/ou treino do familiar ou cuidador.

  • Terapia da Fala


Após um AVC, dependendo do tipo e localização da lesão, podem surgir diferentes complicações em que a terapia da fala pode ter um importante papel, tanto ao nível da linguagem (afasia – dificuldade em compreender e/ou expressar uma mensagem, tendo implicações na expressão e/ou compreensão, quer na vertente falada, quer na vertente escrita), como dos défices motores (disartria – alteração da mobilidade dos músculos intervenientes na fala) e da deglutição (disfagia – perturbação do mecanismo de deglutição que pode provocar engasgos, infecções respiratórias, desidratação ou subnutrição). É necessária uma intervenção de acordo com as necessidades quer da pessoa, quer da família.

  • Neuropsicologia


Esta área tem um papel importante na reabilitação da função cognitiva (ex: sequelas ao nível da memória ou da capacidade de concentração), mas também na normalização da dimensão emocional e comportamental. Na maioria dos casos, não se pretende reabilitar as funções cognitivas isoladamente, mas sim reabilitá-las em função de um objectivo (ex: voltar ao trabalho, ser capaz de gerir as finanças), para que a pessoa possa ser mais funcional no seu-dia-a-dia e ganhar qualidade de vida. Quando não é possível restituir a função, sugerem-se estratégias compensatórias  e realiza-se o ensino da sua utilização para garantir que a pessoa adere e se adapta à estratégia em questão.